domingo, 6 de setembro de 2009

A lenda da mulher-assassina

Certo dia ouvi sobre uma lenda indígena de uma mulher extremamente sedutora e atraente que desperta desejos nos homens e os atrai para o copulação, sempre em algum lugar distante e que após o ato sexual, com o homem ainda excitado, ela o golpeia até a morte. A lenda diz que a mulher não sente paixão e não sente necessidade da companhia do homem ao seu lado. Não existe o afeto, o sentimento, apenas o desejo, pois para esta mulher, o homem serve apenas para satisfazer seus desejos sexuais e nada mais, por isso ela os mata e foge para dentro da floresta.
Busquei na Internet e encontrei apenas um filme de terror chamado “A Lenda Assassina” (Deer Woman), que conta a história da mulher-cervo. É assim que é contada a história do filme:
“Quando os Pohancas saem para uma reunião social, a mulher-cervo aparece no mato e entra na festa sem ser notada. Ela é tipo a mulher mais linda do mundo, muito sensual, uma deusa da cintura pra cima. Ela entra na festa e encontra um cara, ela o atrai para um lugar isolado, transa com ele e ai o coiceia até a morte. Ela não precisa de motivos para isso, apenas o faz. Na lenda, ela não é capturada, ela simplesmente mata aqueles que seduz e depois desaparece na floresta.”
Essa lenda poderia ser adaptada às mulheres modernas e independentes que não sonham mais com casamento e não estão em busca de sua ‘alma gêmea’. Hoje, embora as mulheres não matem os homens após a copulação, fazem dele seu brinquedo sexual e divertem-se, da mesma forma com que os homens usam as mulheres pela mesma razão. É um constante jogo de sedução.
Mulheres assim crêem que sua felicidade não depende de ter um namorado ou marido, mas também não dispensam encontros casuais onde o desejo impera sobre o romance. Existe tanta superficialidade nos relacionamentos, hipocrisia, traições, interesse...Até que ponto vale a pena investir na ‘instituição’ chamada casamento?
Os valores da sociedade moderna estão confusos, não há mais regras a serem seguidas num relacionamento e tudo é aceito com tanta naturalidade, que traições e interesses não mais condenam o ser humano a envergonhar-se por seus atos, afinal, eles são aceito socialmente agora. Então “por que ser fiel?”; “Qual motivo tenho pra respeitar a pessoa que está comigo?” ; “Será que ela é fiel a mim também?”; “Por que ter apenas um parceiro se posso ter vários?”; “Pra que se prender a um relacionamento se o companheirismo não tem mais valor e sim o desejo, que pode ser satisfeito mesmo fora de um relacionamento?”
A regra hoje é de que devo ser fiel sim! Ser fiel a mim! A meus instintos e desejos, às minhas vontades e prazeres, pois afinal, vive-se apenas uma vez! Existe pouco respeito ao outro. Não há valor pelo companheirismo e cumplicidade que existe no relacionamento. Vale mais a satisfação dos desejos carnais do que todo o sentimento envolvido.
Talvez a tal lenda indígena já demonstrasse o que poderia tornar-se o comportamento feminino após essa distorção, ou melhor, perda de valores sociais e morais.

1 inquietações:

Anônimo disse...

Rs... Gostei disso.