terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Os insetos interiores

Notas de um observador:

Existem milhões de insetos almáticos.
Alguns rastejam, outros poucos correm.
A maioria prefere não se mexer.
Grandes e pequenos.
Redondos e triangulares,
de qualquer forma são todos quadrados.
Ovários, oriundos de variadas raízes radicais.
Ramificações da célula rainha.
Desprovidos de asas,
não voam nem nadam.
Possuem vida, mas não sabem.
Duvidam do corpo,
queimam seus filmes e suas floras.
Para eles, tudo é capaz de ser impossível.
Alimentam-se de nós, nossa paz e ciência.
Regurgitam assuntos e sintomas.
Avoam e bebericam sobre as fezes.
Descansam sobre a carniça,
repousam-se no lodo,
lactobacilos vomitados sonhando espermatozóides que não são.
Assim são os insetos interiores.

A futilidade encarrega se de "mais tralos'.
São inóspitos, nocivos, poluentes.
Abusam da própria miséria intelectual,
das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia.
O veneno se refugia no espelho do armário.
Antes do sono, o beijo de boa noite.
Antes da insônia, a benção.

Arriscam a partilha do tecido que nunca se dissipa.
A família.
São soníferos, chagas sem curas.
Não reproduzem, são inférteis, infiéis, "infértebrados".
Arrancam as cabeças de suas fêmeas,
Cortam os troncos,
Urinam nos rios e nas somas dos desagravos, greves e desapegos.
Esquecem-se de si.
Pontuam-se

A cria que se crie, a dona que se dane.
Os insetos interiores proliferam-se assim:
Na morte e na merda.

Seus sintomas?
Um calor gélido e ansiado na boca do estômago.
Uma sensação de: o que é mesmo que se passa?
Um certo estado de humilhação conformada o que parece bem vindo e quisto.
É mais fácil aturar a tristeza generalizada
Que romper com as correntes de preguiça e mal dizer.
Silenciam-se no holocausto da subserviência
O organismo não se anima mais.
E assim, animais ou menos assim,
Descompromissados com o próprio rumo.
Desprovidos de caráter e coragem,
Desatentos ao próprio tesouro...caem.
Desacordam todos os dias,
não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor.
Assim são os insetos interiores.

[O Teatro Mágico]

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Defendendo-se de abraços...

Depois de tanto me defender de abraços, percebi o quanto é difícil despir-se de pré-conceitos e estar aberto ao outro, ao que ele possa oferecer, sem medo, sem defesas, sem pudores. Foi apenas quando consegui despir-me de todas as minhas armaduras e estar simplesmente presente e disposta para o outro que Deus me presenteou com a maior riqueza deste mundo: o amor!
Sempre escuto as pessoas dizerem: “Tadinho...ele é deficiente” e eu detesto escutar a palavra ‘tadinho’. Penso que nenhum ser humano é digno de pena, pois com deficiência ou não, aquela é a forma da pessoa existir e todos nós temos que aprender a lidar com nossa forma de existir no mundo, independente de termos alguma deficiência.
É fácil quem está de longe, olhar e sentir pena. Também não condeno essas pessoas. Antes de ter o contato com pessoas com deficiência, sempre tinha a sensação de sofrimento ao ver uma criança ou um adulto com deficiência – fosse física ou cognitiva. Após conhecer as mais de perto esta realidade, percebi uma coisa muito simples: a deficiência estava em mim!
Maior do que as dificuldades que eles tinham por conta de sua deficiência, era a minha dificuldade em despir-me de meus medos, de minha timidez e de minha própria estranheza para simplesmente ser no mundo, como sou, sem vergonha de ser ou parecer ser. Maior era a minha deficiência em saber sentir. A deficiência estava em mim por achar que toda e qualquer deficiência era um sofrimento imenso pro ser humano. Que nada! Eu sofria mais em ver a deficiência do que aquele que realmente a tinha.
Com o tempo fui aprendendo a lidar com a minha deficiência em sentir estranheza com relação ao outro ser humano pelo simples fato dele ter uma deficiência. Inúmeras vezes me defendi de abraços, por receio de que eu iria tomar um tapa. Besta eu! Aprendi que a fisionomia de uma pessoa não diz muito a respeito de seu jeito de ser e de suas atitudes. Agora, antes de me defender quando uma criança ou mesmo adulto com deficiência vem em minha direção, simplesmente fico lá, disposta pra receber o que quer que seja que possa me oferecer. Garanto que 98% das vezes, recebo abraços, beijos, carinho ou até mesmo elogios. E que é a coisa mais gostosa que já ganhei. =)
Uma coisa é certa: a deficiência está no coração das pessoas! “Os deficientes não são só aqueles que não andam, não falam, não ouvem, não vêem, não compreendem com clareza, mas sim todas aquelas pessoas fracas que não conseguem ajudar aos outros e a si mesma...” [Carlos Eduardo]
Uma coisa rica que aprendi, foi a lidar com minha deficiência: eu aprendi a sentir, a ser, a compreender e a amar! Aprendi que não é preciso palavras pra dizer ‘muito obrigada’ ou ‘gosto de você’, basta compreender um gesto, saber ler o olhar. Não é preciso andar para se ter grandes conquistas, basta determinação.
Quando se olha para o ser humano por ele mesmo e não para sua deficiência, percebe-se que são grandes suas potencialidades e que nós, pessoas sem deficiência (aparente) temos muito mais a aprender com eles do que a ensinar a eles.
Abençoados são todos aqueles que conseguiram despir-se de suas armaduras, medos e, principalmente, preconceitos para lidar antes com suas deficiências para então entregarem-se de coração a essas pessoas maravilhosas, que independente de qual deficiência tenham, ensinam-nos a valorizar as pequenas coisas da vida.
Com elas eu descobri que minhas angústias não tinham nenhum significado perto das coisas maravilhosas que a vida oferece. Aprendi a valorizar pequenas coisas, pois é aí que se encontra a verdadeira riqueza da vida. Aprendi, então, a ser mais feliz.

"Bem aventurados os que me amam como eu sou, tão somente como sou e não como todos gostariam que eu fosse" [Serrano,J.A]

domingo, 4 de outubro de 2009

A fábula do porco-espinho

Durante a era glacial, muitos animais
morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação,
resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam
e se protegiam mutuamente; mas, os espinhos de cada
um feriam os companheiros mais próximos,
justamente os que ofereciam maior calor.
Por isso decidiram afastar-se uns dos outros
e voltaram a morrer congelados.

Então precisavam fazer uma escolha:
ou desapareceriam da Terra ou aceitavam
os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver
com as pequenas feridas que a relação
com uma pessoa muito próxima podia causar,
já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram!

Moral da História:
O melhor relacionamento não é aquele
que une
pessoas perfeitas, mas aquele
no qual cada um aprende
a conviver com os defeitos do outro
e consegue admirar suas qualidades.

domingo, 13 de setembro de 2009

Perca peso

Você tem alergia, micose, passa mal
E toma sempre um Melhoral
A crescente agonia do seu ser denuncia
O seu cheque especial

Três por cento sobre a taxa de seguro total
Lhe parece ser banal
Acrescente Elysée Belt à lista de natal
E dá mais de três mil pau
No cheque especial

Tantas coisas pra lembrar
Tantos filhos pra criar
E dá-lhe xampu anticaspa
E dois comprimidos pra jantar

Não esqueça o perfume da mulher que tens
Nem procure desculpa
Pra dizer à sua filha que o Noel não vem
Papai Noel não vem
Deixe de lado o jogo de facas do seus sonhos
E vá buscar seu cachorro no cabeleireiro

Não esqueça o dia de casamento
Não esqueça a data de vencimento
Não esqueça o presente de sua cunhada
E perca peso agora
Perca peso agora

Se hoje seu café amanheceu gelado
Se hoje sua mulher dormiu do lado errado
Podia estar mal, mas está pior
E a tendência é se agravar
É melhor se engravatar

E eis que faltou
Aquele motivo pra pirar
Mas não há com que se preocupar
A sua hora vai chegar
E você vai se encontrar

Bebe água, dorme, não troca a cueca
Acorda e defeca e amém
Olha, gosta, compra
E perde, vende, troca ou aluga
E sua calvície nasce prematura
Como você se atura
Bêbado se dorme, cueca não se troca
Decora e afeta sua mente
Tira, tira, tora a tara, atura

Não esqueça a mulher do perfume, tenta o quê?
Nem procure sua filha
Pra dizer que o Noel, desculpa, não vem
Me desculpa, ele não vem
Deixa seus sonhos de lado e use as facas para o jogo
E vá morar com o cabeleireiro, seu cachorro

Nâo esqueça o vencimento da data
Não esqueça o casamento da chata
Não esqueça a cunhada de seu tormento
E perca peso agora
Perca peso agora

*Ainda precisa dizer algo?!*

Escute: http://www.youtube.com/watch?v=ccEKNmMKVA8

domingo, 6 de setembro de 2009

A lenda da mulher-assassina

Certo dia ouvi sobre uma lenda indígena de uma mulher extremamente sedutora e atraente que desperta desejos nos homens e os atrai para o copulação, sempre em algum lugar distante e que após o ato sexual, com o homem ainda excitado, ela o golpeia até a morte. A lenda diz que a mulher não sente paixão e não sente necessidade da companhia do homem ao seu lado. Não existe o afeto, o sentimento, apenas o desejo, pois para esta mulher, o homem serve apenas para satisfazer seus desejos sexuais e nada mais, por isso ela os mata e foge para dentro da floresta.
Busquei na Internet e encontrei apenas um filme de terror chamado “A Lenda Assassina” (Deer Woman), que conta a história da mulher-cervo. É assim que é contada a história do filme:
“Quando os Pohancas saem para uma reunião social, a mulher-cervo aparece no mato e entra na festa sem ser notada. Ela é tipo a mulher mais linda do mundo, muito sensual, uma deusa da cintura pra cima. Ela entra na festa e encontra um cara, ela o atrai para um lugar isolado, transa com ele e ai o coiceia até a morte. Ela não precisa de motivos para isso, apenas o faz. Na lenda, ela não é capturada, ela simplesmente mata aqueles que seduz e depois desaparece na floresta.”
Essa lenda poderia ser adaptada às mulheres modernas e independentes que não sonham mais com casamento e não estão em busca de sua ‘alma gêmea’. Hoje, embora as mulheres não matem os homens após a copulação, fazem dele seu brinquedo sexual e divertem-se, da mesma forma com que os homens usam as mulheres pela mesma razão. É um constante jogo de sedução.
Mulheres assim crêem que sua felicidade não depende de ter um namorado ou marido, mas também não dispensam encontros casuais onde o desejo impera sobre o romance. Existe tanta superficialidade nos relacionamentos, hipocrisia, traições, interesse...Até que ponto vale a pena investir na ‘instituição’ chamada casamento?
Os valores da sociedade moderna estão confusos, não há mais regras a serem seguidas num relacionamento e tudo é aceito com tanta naturalidade, que traições e interesses não mais condenam o ser humano a envergonhar-se por seus atos, afinal, eles são aceito socialmente agora. Então “por que ser fiel?”; “Qual motivo tenho pra respeitar a pessoa que está comigo?” ; “Será que ela é fiel a mim também?”; “Por que ter apenas um parceiro se posso ter vários?”; “Pra que se prender a um relacionamento se o companheirismo não tem mais valor e sim o desejo, que pode ser satisfeito mesmo fora de um relacionamento?”
A regra hoje é de que devo ser fiel sim! Ser fiel a mim! A meus instintos e desejos, às minhas vontades e prazeres, pois afinal, vive-se apenas uma vez! Existe pouco respeito ao outro. Não há valor pelo companheirismo e cumplicidade que existe no relacionamento. Vale mais a satisfação dos desejos carnais do que todo o sentimento envolvido.
Talvez a tal lenda indígena já demonstrasse o que poderia tornar-se o comportamento feminino após essa distorção, ou melhor, perda de valores sociais e morais.

sábado, 15 de agosto de 2009

Vida de gado

Típica frase do paulistano: “Eh, ÔÔ, vida de gado; povo marcado, povo feliz”. Qualidade de vida nesta cidade é baixíssima; o povo vive no meio de poluição visual, sonora, ambiental. Corre pra ir ao mercado, cuidar da casa, da família, ser um ótimo funcionário pra não correr o risco do desemprego e ainda encontrar algum tempo para lazer aos finais de semana. Mas apesar de tudo isso, não deixa de ser feliz, pois tem prazer em tudo que faz e gosta desse ritmo frenético da cidade.
Detesto posts demasiadamente pessoais, mas vou falar um pouco da minha ‘vida de gado’. Rotina começa com o despertador tocando às 6hs da manhã, de segunda a sexta. Levanto, tomo banho, arrumo a mochila com tudo que irei precisar até o final do dia e saio – na maioria das vezes, atrasada - de casa, sem ao menos tomar café. Chego no trabalho e aí sim tomo café pra começar a correria e falsidade diária até as 17hs. No meio de tanta correria tem aquelas gargalhadas maravilhosas que tornam o dia mais tranqüilo e a vida mais gostosa.
Saio de lá, e pra não perder tempo, vou direto pra faculdade estudar e lidar com todo aquele povo egoísta e competitivo, futuros colegas de profissão – sim, alguns pelo menos exercerão a profissão apesar de todas as dificuldades – assim como eu - acredito. Claro que nem tudo é ruim, jamais. Tem sempre aquela aula maravilhosa com um professor que te faz se apaixonar ainda mais pela psicologia e, por mais cansada que esteja, naquela aula é impossível faltar! Tem as piadas idiotas que só a gente se diverte e, claro, tem as amigas maravilhosas com quem compartilho todas as angustias pessoais e profissionais e com quem se pode dividir vitórias e fracassos! Ah, que falta farão todas essas conversas e nossas auto-análises no meio da aula ou tomando um café à toa.
Chega sexta-feira, alívio...final de semana chegou e terei o tão esperado descanso, certo?! Errado! Sábado despertador toca no mesmo horário que os outros dias da semana, e vou pra aula. Aquele sono de manhã, uma aula que parece não ter fim, por mais gostosa que seja...é sábado de manhã, poxa!!! Chego em casa já na hora do almoço e é o tempo certo de matar a fome e descansar um pouco. Afinal o final de semana ainda nem começou e tem que organizar o tempo para estudos,vaidades, e claro estar pronta e disposta pra hora que o namorado chegar! Ah como é bom sábado à noite!
Depois disso nada melhor do que não ter hora pra acordar no domingo, único dia de descanso! Ufa! Mas essa folga é só pela manhã mesmo porque o resto do dia deve ser dividido entre namoro, família e estudos! Estudos, sempre estudos!
Engraçado que na primeira semana de aula em 2006, uma aluna do 5° ano foi conversar conosco e ela brincou dizendo que a partir de então nosso passatempo preferido seria visitar livrarias e sebos e que pediríamos sempre livros de presente a amigos, namorados ou familiares. Inocência de caloura pensei ser piada! Há! Era nada. Inclusive recentemente, ganhei um livro de presente de aniversário um grande amigo, claro, relacionado à psicologia! E com toda certeza adorei o presente! Entrei no curso aprendendo a gostar de ler e hoje tenho paixão por livros e, gostando ou não – sorte a minha gostar - eles ocupam grande parte do meu tempo.
É...essa vida de gado cansa! Mas os momentos felizes são inúmeros também! Mês de agosto um pouco mais curto, aulas acabaram de começar e se inicia o último semestre de aulas e provas e grupos conflituosos! Ai Deus, nem acreditooooooooo! Ano que vem serão apenas os estágios e supervisões, sem provas e grupos e conflitos...e acaba! Aaaaaaaah! Felicidade maior que essa não tem! Tudo acontecendo como eu gostaria que estivesse. E a vida caminha acelerada, sem descanso e com alegrias e vitórias que coleciono e guardo com todo o prazer dentro de mim!
Daí, utilizo das palavras de Zé Ramalho, em Admirável Gado Novo: “Eh, ÔÔ, vida de gado;povo marcado, povo feliz!!!”

sábado, 1 de agosto de 2009

Pessoa, Fernando.

Enquanto não superarmos
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.

Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser um.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Prazeres

Ao invés de colecionar frustrações e os ‘nãos’ da vida, deveríamos medir a vida pelos prazeres que nela tivemos.
Não importa quantos aniversários celebrou, quantas lágrimas chorou, quantos investimentos pessoais não deram certo, quantos relacionamentos terminaram ou quantas decepções sofreu.
Descobri que é muito mais interessante medir a vida pelos prazeres que sentimos nela. Mais gostoso encarar a vida contando nossos pequenos prazeres diários que aliviam todas essas frustrações e tristezas.
Não me importa a idade que tenho, mas sim os prazeres que tive nesse tempo:
•Conquistei amizades verdadeiras e duradouras;
•Pulei corda;
•Andei descalsa na rua, sem neuras de doenças possíveis;
•Tomei sunday de caramelo com batata frita do Mcdonalds;
•Aprendi que um abraço sincero é aquele que se encosta barriga com barriga, sem medo da entrega ao outro (e desde então passei a colecionar abraços...)
•Tomei banho de chuva (nossa...que delícia!);
•Beijei apaixonadamente;
•Aprendi a sambar;
•Fiquei na rua até tarde com os vizinhos, atormentando as senhoras que moravam por perto;
•Andei muito de bicicleta;
•Assisti filmes inesquecíveis;
•Passei horas no mar ou na piscina até os dedos ficarem enrugados;
•Comi morangos em todos os invernos;
•Aprendi o que é amor, amando;
•Roubei brigadeiro da mesa, nas festinhas de aniversário dos colegas;
•Dancei até as pernas não mais me obedecerem;
•Fui a shows de rock;
•Ganhei abraços sinceros e incomparáveis;
•Vivenciei paixões intensas e fugazes;
•Consegui o tão desejado estágio;
•Ri de coisas banais até a barriga doer;
•Troquei de estágio...e de novo e...
•Fiz coisas ‘proibidas’ e deliciosas;
•Li livros por vontade e não por ‘obrigação’do professor;
•Conquistei o tão desejado emprego;
•Aprendi a dirigir;
•Ouvi ‘eu te amo’ de alguém que já mais imaginei;
•Conheci lugares e pessoas maravilhosas em viagens nada planejadas;
•Tive noites de sono profundo;
•Fui em diversos shows das minhas bandas favoritas;
•Passei noites acordada, mas em boa companhia;
•Ganhei sorrisos e abraços de crianças que me fizeram esquecer todas as tristezas da vida!
Nesta lista ainda tem muito mais a ser acrescentado, mas não convém listar aqui todos os prazeres vividos.
Medir a vida por prazeres é bem mais gostoso do que pelo tempo. Frustrações, decepções e ‘nãos’, são inevitáveis, mas que não sejam usados como desculpas para se adiar a felicidade. Não há porque esperar para ser feliz, acreditando que ‘ah, quando eu conseguir...aí sim serei feliz’. O momento de viver é agora, o momento de ser feliz é hoje! Não há felicidade eterna, mas sim momentos inesquecíveis de felicidade intensa, que podem ser encontrados nesses pequenos momentos de prazer.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Sem sentido

Nem todo sorriso é felicidade
Nem toda lágrima é tristeza
Nem todo céu é azul
Nem toda água é doce
Nem todo gato é manso
Nem todo cão é bravo
Nem toda criança é inocente
Nem toda bailarina tem frieira
Nem toda canção é de amor
Nem todo coração bate de paixão
Nem todo sonho pode ser real
Nem todo filme tem final feliz
Nem todo café é amargo
Nem todo arroz tem feijão
Nem todo amor é azul
Nem tudo dura pra sempre
Nem tudo é o que parece.